Experiência como iluminadora: conhecimentos desenvolvidos, problemas e soluções encontradas.
A experiência como
iluminadora foi muito boa e lucrativa não só para a produção da
peça como também para a vida externa.
No começo ocorreram
alguns erros, especificamente quando os técnicos do auditório
trocavam os canais que saiam cada um dos tipos de luzes, e isso
acontecia, geralmente, quando ia ocorrer algum espetáculo externo a
disciplina de artes cênicas, como foi o caso de quando o espetáculo
“A festa do rei” foi se apresentar, que eles trocaram os canais e
tivemos que usa-los trocados durante uma semana, mas depois eles
trocaram novamente, e tudo voltou ao normal.
Quanto à
dificuldade na produção das cenas, a última foi a que deu mais
trabalho de ser produzida, pois como todos sabem a última cena é a
cena que marca toda uma produção, e o espetáculo é sempre
lembrado por ela.
Gastamos em torno de
dois ensaios para concretizar a última cena, e quando finalmente ela
estava pronta os canais tinham sido trocados. Já não sabíamos mais
onde estava a luz que marcaria o final de nossa tragédia, procuramos
em todos os botões do canal que estávamos usando e nada, depois
procuramos em outro canal e achamos. Só que agora surgia outro
problema, eu teria que mudar de canal e desligar vários botões ao
mesmo tempo, ai que entra a ‘mão de povo’, mas tudo deu
certo.
A dificuldade foi
basicamente essa. Agora estou sentindo um alivio por está acabando,
mas confesso vou sentir saudades de Malvinha e de todos que compõem
a Companhia Tranforma- Dores.
Importância
da intervenção urbana no espetáculo, incluindo a iluminação:
Todo e qualquer espetáculo merece uma intervenção, pois nela
podemos exibir/colocar em questão as percepções acerca do objeto
artístico que será discutido e que a maioria não tem oportunidade
de assistir ou até mesmo não querem.
É uma forma
de tenta mostrar ao público a arte através do cenário urbano,
tirando o ar rotineiro das pessoas e fazendo com que a realidade não
possa mais ser reproduzida e sim produzida.
A iluminação nesse
caso vai ajudar bastante para que o público possa desvendar o que
esta por trás de toda a criação, dos personagens, do cenário, do
figurino e da sonoplastia, que é essencial em um objeto artístico.
Criação da
iluminação em cada uma das cenas com as modificações que houve
durante os ensaios:
1ª Cena
Na primeira cena
estão Olegário, Inézia, D. Aninha e Seu Garibaldi. No centro da
sala Olegário está em sua cadeira de rodas e uma luz geral está
centrada nele e em sua cadeira de rodas. A direita da cena estão D.
Aninha e Seu Garibaldi, neles está a luz de um dos PCs direitos
fazendo um efeito de televisão (apagando e acendendo devagar).
2ª Cena
Na segunda cena
estão Umberto, Olegário e os velhos como sempre em seus lugares.
Nessa cena a luz geral continua no meio, em Olegário e o foco nos
velhos.
3ª Cena
Na terceira cena
estão Olegário, Inézia , D. Aninha e Seu Garibaldi. Nessa cena
fica uma luz geral em D. Aninha e Seu Garibaldi e outra em Olegário
só que agora bem mais escura, deixando mais claro nos pais de
Olegário que estão no lado direito da cena.
4ª Cena e 5ª Cena
Na quarta e quinta
cena estão Umberto, Olegário e os velhos. Nela permanecem as
características da primeira e segunda cena, luz geral em Olegário e
em seu visitante e foco em D. Aninha e Seu Garibaldi.
6ª Cena
Na primeira parte da
sexta cena estão apenas Olegário e os velhos, a luz continua a
mesma da cena anterior. Na segunda parte fica uma luz geral em
Olegário e o resto da cena fica um pouco escura.
7ª Cena
Na primeira parte da
sétima cena a luz continua igual a da cena anterior. Na segunda
parte a cena, quando Inézia vai saindo e encontra Lídia a luz tenta
focar nelas, depois a luz volta a focar apenas em Olegário, no
centro da sala. Na terceira parte, quando D. Márcia chega e Lídia
esta a caminho de sair à luz tenta focar nelas, depois a luz volta
para Olegário.
8ª Cena e 9ª Cena
Na oitava e
nona cena a luz continua igual em Olegário e nos velhos, o que muda
é os personagens, pois uma hora vai está Umberto e outra hora Joel
ao lado de Olegário.
10ª Cena
Na decima cena, a
voz interior irá aparecer e as luzes ficaram focadas apenas em
Olegário, deixando o resto da sala escura.
11ª Cena, 12ª
Cena, 13ª Cena e 14ª Cena
Nessas cenas a luz
será a luz predominante de toda a peça, que é a luz geral em
Olegário e em sua visita e foco nos pais de Olegário.
15ª Cena e 16ª
Cena
A primeira parte da
decima quinta cena a luz será igual nas cenas anteriores. Na segunda
parte vai acontecer à troca de atos nesse momento, quando Lídia se
ajoelhar as luzes vão se apagar e acender depois de dois segundos,
voltando a ser como antes, e isso se efetua também na 16ª cena.
17ª Cena e 18ª
Cena
Essas cenas são as
cenas que Umberto vai pedir um dia de folga. A iluminação nessas
cenas é a mesma das cenas anteriores, luz geral no centro da sala e
foco no lado direito.
19ª Cena
Nesta cena terá um
foco de luz em D. Márcia, que estará no lado esquerdo da cena e
como de costume luz geral em Olegário e outro foco nos velhos, pais
de Olegário.
20ª Cena
Essa é a cena que
Lídia derruba os pais de Olegário no chão, nessa hora a luz vai
ser focada apenas nos três, que estão do lado esquerdo da cena e o
resto da sala fica com uma luz geral escura.
21ª Cena
Nessa cena a luz
será a luz predominante na maioria das cenas, luz geral no centro da
cena e foco nos pais de Olegário.
22ª Cena
A última cena é a
mais importante de toda a peça, principalmente na nossa que é uma
tragédia, é onde é desvendado o segredo de todo a história. A
iluminação dessa cena será os dois pás traseiros de cor branca e
depois quando Olegário morrer a luz passa a ser vermelha e pra
terminar apagam-se as luzes e acendem novamente, mas agora para
agradecimentos.



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