Olá, quem vos “fala” são as
figurinistas Kally e Luana =D
Estamos aqui
para lhes contar como é ser figurinista. Aviso: não é nada fácil, assim como
outras funções do teatro. Iluminador tem que ter mãos de polvo, sonoplasta
precisa ter super audição e figurinistas necessitam ter memória de elefante e
paciência de monge budista; sem falar que precisamos ter super visão e atenção para não
darmos foco demais a determinado personagem e esquecer de outro.
O equilíbrio
de tons é algo essencial. Para a nossa peça, escolhemos preto como a cor
central e o restante das cores são branco, azul, marrom e vermelho. Como já
dissemos aqui, a cor central é a cor que todos os atores precisam usar.
O figurinista
precisa ser responsável. Lembra que falamos que ele precisa ter memória de
elefante? Essa memória é intimamente relacionada com a responsabilidade.
Nenhuma peça pode faltar na hora da apresentação. Para isso, vale lista em caderno, post
it, escrever nos braços...
E quando
aquela peça que você pensou e levou para determinada pessoa não foi apreciada
pela mesma? Teeenso. Para não citar nomes, digamos que uma determinada criatura
não gostou do primeiro figurino dela. Para dar certo, apelamos pra roupas
mofadas do guarda-roupa dos nossos pais.
Houve uma vez
que perdemos uma camisa do Núcleo de Arte [NUARTE] da instituição. Perdemos
dois horários de diferentes duplas de aulas procurando essa dita cuja para
descobrir que ela ficou no prédio da NUARTE.
Para ver no
que pensamos para compor cada figurino, reveja nossa postagem sobre o figurino ;)
Maquiagem?
Precisamos fazer também. Ou melhor: ensinamos aos atores isso (ou pelo menos tentamos). D. Aninha [Luana Nascimento] e Seu Garibaldo [João
Pedro Matias] são os personagens que precisam usar maquiagem de envelhecimento,
uma das mais complicadas de se fazer. Quando fomos fazer esse efeito, tivemos
dificuldades por não acertar na força que nossa professora, Marinalva, pedia.
Ontem (nos baseando na data de postagem [07/03/14]) deu mais certo, mas precisamos melhorar nesse quesito.
Ontem, eu
[Luana] tive que bater no alecrim a pé para comprar tinta em spray para dar o
efeito de cabelo grisalho aos velhinhos. Não teria sido um problema se eu não
estivesse com fascite plantar no pé esquerdo, o que transformou a dor ocasional
em dor constante. Felizmente, hoje o pé está melhor, mas foi tenso.
Mesmo com toda
essa correria/agonia/pressão, é muito interessante perceber que o que você faz
vai interferir diretamente no que o ator vai ser em cena. A composição do figurino
tem muito a ver com a personalidade do personagem, a época em que a história se
passa, a sensação e impressão que você quer causar no público... tudo isso é
mágico. No dia do espetáculo, tudo valerá a pena (e também na nossa pontuação
xD ).
Depois de
passar por esse trabalho, nenhum espetáculo será mais o mesmo, por que, sem
dúvida, notaremos as mínimas coisas. Beijos e esperamos que vocês gostem :*



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