Nelson Rodrigues foi o escritor da obra teatral que escolhemos encenar, e aqui vai um pouco da sua biografia, pra vocês ficarem por dentro desse grande escritor! UMA DICA: Leiam os livros dele, são ótimos!

Nelson Falcão Rodrigues (Recife, 23 de agosto de 1912 — Rio de Janeiro, 21 de
dezembro de 1980) foi um jornalista e escritor brasileiro, e
tido como o mais influente dramaturgo do
Brasil.
Nascido no Recife, Pernambuco,
mudou-se em 1916 para a cidade do Rio de Janeiro. Quando maior, trabalhou no
jornal A Manhã, de propriedade de seu pai. Foi
repórter policial durante longos anos, de onde acumulou uma vasta experiência
para escrever suas peças a respeito da sociedade. Sua primeira peça foi A Mulher sem Pecado, que lhe deu os primeiros
sinais de prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso mesmo veio com Vestido de
Noiva, que trazia, em matéria de teatro, uma renovação nunca vista
nos palcos brasileiros. Com seus três planos simultâneos (realidade,
memória e alucinação construíam a história da protagonista Alaíde), as inovações
estéticas da peça iniciaram o processo de modernização do teatro brasileiro.
A consagração se seguiria com vários outros sucessos,
transformando-o no grande representante da literatura teatral do seu tempo,
apesar de suas peças serem tachadas muitas vezes como obscenas e imorais. Em
1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando transparecer toda a sua
paixão por futebol. Veio a falecer em 1980, no Rio de Janeiro.
Características das obras
O teatro entrou na vida de Nelson Rodrigues por acaso. Uma
vez que se encontrava em dificuldades financeiras, achou no teatro uma
possibilidade de sair da situação difícil em que estava. Assim, escreveu
"A mulher sem pecado…", sua primeira peça. Segundo algumas fontes,
Nelson tinha o romance como gênero literário predileto, e suas peças seguiram
essa predileção, pois as mesmas são como romances em forma de texto teatral.
Nelson é um originalíssimo realista. Não é à toa que foi considerado um novo
Eça. De fato, a prosa de Nelson era realista e, tal como os realistas do século XIX,
ele criticou a sociedade e suas instituições, sobretudo o casamento.
Sendo esteticamente realista em pleno Modernismo, Nelson não
deixou de inovar tal como fizeram os modernos. O autor transpôs a tragédia
grega para o sociedade carioca do início do século XX, e dessa transposição
surgiu a "tragédia carioca", com as mesmas regras daquela, mas com um
tom contemporâneo. O erotismo está muito presente na obra de Nelson Rodrigues,
o que lhe garante o título de realista. Nelson não hesitou em denunciar a
sordidez da sociedade tal como o fez Eça de Queirós em suas obras. Esse erotismo
realista de Nelson teve sua gênese em obras do século XIX, como "O Primo
Basílio", e se desenvolveu grandemente na obra do autor pernambucano. Em
síntese, Nelson foi um grande escritor, dramaturgo e cronista, e está
imortalizado na literatura brasileira.
"Sou um menino que vê o amor pelo
buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de
morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de
ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico."
Nelson Rodrigues...



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